Protocolo Cúpula

A Armadilha da 'Eu-quipe': Por que você trabalha 12h por dia e sua clínica não cresce

Leitura de 5 min

Você é dona de clínica ou escrava do seu negócio?

Trabalhar 12, 14 horas por dia. Atender pacientes das 8h às 20h, fazer o financeiro no horário de almoço, responder o WhatsApp enquanto dirige, postar no Instagram de madrugada e ainda varrer o chão se a faxineira faltar.

Se você sente que o seu negócio para quando você para, tenho uma notícia dura: você não tem uma empresa, você tem um emprego onde o chefe é o pior tirano do mundo (você mesma).

Se você se identifica com essa rotina exaustiva, bem-vinda à Armadilha da Eu-quipe.


O Ciclo da Estagnação

Muitas esteticistas, biomédicas e dentistas que viram empresárias caem na crença limitante mais perigosa do mercado:

“Ninguém faz tão bem quanto eu. Se eu não fizer, sai mal feito.”

Essa frase, que soa como zelo pela qualidade, é na verdade o atestado de óbito do seu crescimento. Ela gera um ciclo vicioso impossível de quebrar sem mudança de mentalidade:

  1. Centralização Excessiva: Você faz o operacional (atendimentos) e o administrativo.
  2. Gargalo de Tempo: Não sobra tempo para a gestão estratégica ou para treinar alguém.
  3. Falta de Caixa: Como você é limitada pelo seu tempo (horas braçais), o faturamento tem um teto.
  4. Contratação Ruim: Sem caixa e sem tempo para treinar, você contrata profissionais “baratos” ou despreparados.
  5. Decepção: A pessoa erra, você confirma sua crença (“tá vendo? ninguém faz direito”) e volta a centralizar.

O Custo Invisível da Centralização

Quando você está na cabine fazendo uma limpeza de pele de R$ 150,00, você não está:

  • Analisando seus custos fixos.
  • Criando parcerias estratégicas.
  • Treinando sua equipe de vendas.
  • Desenvolvendo novos protocolos de alto valor.

Você está economizando o salário de uma esteticista (R$ 2.000) e perdendo o lucro de uma empresária (R$ 50.000).


Como sair dessa? A Rota da Liberdade

A única saída é processualizar. O Protocolo Cúpula ensina que a liberdade não é sorte, é método. Você não precisa de clones, precisa de processos.

1. Tire da sua cabeça, coloque no papel

Se o conhecimento está só na sua cabeça, sua equipe sempre vai depender de você. Crie SOPs (Procedimentos Operacionais Padrão) para tudo:

  • Recepção: Script exato de como atender o telefone, o que falar no WhatsApp, como recepcionar a cliente.
  • Técnico: Passo a passo detalhado dos procedimentos (limpeza, higienização, aplicação, pós). Não assuma que elas sabem. Desenhe.
  • Ambiente: Checklist de organização da sala antes e depois do atendimento.

2. Treine até a exaustão (da equipe, não sua)

Não adianta entregar o papel e rezar. Treine. Faça simulações. Seja a “cliente oculta” da sua própria clínica. Corrija na hora. Elogie o acerto.

3. Delegue com responsabilidade

Delegar não é “delargar”. Comece soltando as tarefas operacionais de menor risco e menor valor agregado.

  • Primeiro: Limpeza e organização.
  • Segundo: Atendimento de WhatsApp e Agendamento.
  • Terceiro: Procedimentos básicos (limpezas, hidratações).
  • Quarto: Procedimentos avançados (com supervisão).

“Sua empresa só cresce até onde sua capacidade de delegar permite.”

O Desafio Prático

Quero te propor um exercício para começar hoje:

  1. Pegue um papel e uma caneta.
  2. Liste as 3 tarefas que mais consomem seu tempo na semana e que não geram lucro direto (ex: confirmar agenda, fazer compras de descartáveis, responder directs simples).
  3. Escreva o passo a passo de como fazer cada uma delas.
  4. Entregue para alguém da sua equipe (ou contrate uma assistente/estagiária urgência) e diga: “A partir de hoje, isso é com você. Aqui está o manual.”

A sensação de liberdade vai te viciar. E seu faturamento vai agradecer.

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